Monday, January 4, 2016

Sobre a montanha de lixo virtual de Copa e a massa de porrolho vermelho de Tilburg


Boa noite! :)
Começando o ano já quebrando umas das resoluções de ano novo... 
Sobre essas fotos que muita gente compartilhou comparando Miami e Copacabana no dia seguinte.
Não moro em Miami, tampouco moro em Copa. Morei até meus 28 anos em Niterói e hoje moro em Tilburg, na Holanda. Em um misto de saudosismo e masoquismo, acompanho "minha terra" pelos posts dos amigos nas redes sociais e sites de notícias. O mesmo em relação ao resto do mundo. E quem hoje em dia faz diferente, não é mesmo?! Enfim, desde o dia primeiro o tal post "Copa x Miami" está sendo compartilhado à exaustão na minha timeline e, claro, isso chamou minha atenção - até porque muita gente que compartilhou é do Rio -, mas, especialmente, porque eu nunca tinha visto Copacabana (ou o Rio) nesse estado em um "dia seguinte".Por "nunca" leia-se: "desde que eu (Fefa) me entendo por gente".
O meu espanto e sensação de "ah, não acredito! Até isso vai mal?", num instante de pessimismo agudo, passaram ao descer um tantinho a timeline e ver duas fotos compartilhadas por um "primo-torto" muito querido, Antonio. Ele que, por ironia, é Europeu e vive há anos no Rio, foi dar sua primeira corrida e mergulho de ano novo e dividiu (obrigada!) com a gente um dia (manhã!) de praia, sol e mar e o "dia seguinte do réveillon" (ou "dia mundia da Paz)". Seguem as duas fotos: 


"Temperatura e cor do mar do caribe, primeiro mergulho do ano"
"Temperatura e cor do mar do caribe, primeiro mergulho do ano", © Antonio Manuel Sa
E o que vemos aqui nessa primeira foto? Justamente o que a legenda diz e areias branquinhas, varridas... Um presente para os cariocas e turistas entrare o ano bem, como devem e me deixar aqui de longe com uma saudade "monstrengosa", cheia de vontade de estar ali. A segunda foto, bem, ela não mostra o "que azul de céu, que verde mar", mas:
"Impressionado com a Comlurb, 9:30 e Copa está um brinco!", © Antonio Manuel Sa
Então, gente: de acordo com a legenda, as fotos foram tiradas por volta das 9:30 da manhã do "dia seguinte"... Nove e meia da manhã do dia primeiro de Janeiro de 2016, praia e calçadão de Copacabana, Rio de Janeiro, Brasil. E na foto? Um paredão de containers, uma frota de caminhões coletores... Cariocas e turistas aproveitando da melhor forma... 

Eu tenho o "péssimo hábito" de confiar mais nos relatos e nas fotos tiradas por gente que eu conheço, do que nos posts compartilhados. A limpeza exemplar dos locais nos "dias seguintes" sempre foi uma das coisas boas do Rio. Palmas para a Comlurb e os Garis que, há anos e governos diferentes, fazem um trabalho incrível para manter o mínimo de ordem e "salubridade" para nós no durante e deixando tudo limpo no depois. Muito limpo. Talvez sejam os dias do ano em que os locais estejam mais limpos (misto de orgulho e vergonha ao escrever). Compartilhar essas imagens, para mim, é no mínimo um desrespeito com esses trabalhadores que dão um duro danado. Sim, eu sei, é o "trabalho deles" (a propóstio, não concordo de forma alguma com essa mentalidade), mas o fazem com perfeição e dedicação. Ou não?!

Já que as tais fotos compartilhadas foram usadas para comparar EUA e Brasil, vou comparar o que vi aqui em Tilburg (Holanda, Europa) e o que vi no Brasil. Desculpem. Se o assunto é réveillon, comecemos por ele: a prefeitura da minha cidade fez um apelo no Facebook (aqui) para o que chamaram de "varrida de ano novo". Oi? Pois é. Varrida, vassourada, mutirão de limpeza com vassoura,..., de ano novo. Para que os moradores se esforçacem um pouco mais em limpar a frente de suas casas (calçada e rua) no dia primeiro de janeiro;  especialmente a sujeira deixada pelos fogos de artifício. Oi? Sim. Aqui eu e você podemos comprar fogos dignos de Copacabana e soltá-los no quintal, ou na frente de casa durante a virada. 

Prática essa bem comum, e intimamente ligada ao vandalismo (sim porque a molecada babaca aproveita e se enche de rojão e cabeção de nego e sai pelas ruas dia todo fazendo barulho e explodindo tudo e mais um pouco). Diferente da prática a qual o tal apelo da prefeitura se referia, essa aparentemente nada comum: depois do fogaréu, a sujeirada fica toda ali mesmo, onde quer que a pessoa tenha soltado. Esses restos de papelão e palitinhos com a chuva, neve e afins viram uma melecada, tipo uma camada de "porrolho" vermelho e marrom nas ruas e calçadas com uns pontinhos coloridos aqui e ali. A prefeitura, na tentativa de estimular a "prática" (veja bem: eles pedem que cada um faça o favor de limpar sua própria sujeira), não só indicou em qual lixeira a bagunça deveria ser jogada (aqui cada casa tem dois containers - lixeiras tipo dos Garis - duplos num total de 4 partes diferentes: plastico/metal/tetrapak; papel; organicos e restos. Jogar na errada é risco de advertência e, depois de 3, multa de uns 90 eurocas), como também disponibilizou carretinhas e material de limpeza que, no caso, seriam até recolhidos pela empresa responsável depois. Ou seja: só tinha que limpar o que sujou e em frente de casa. Nos comentários coisas do tipo: limpo se vocês vierem limpar as folhas que caíram das árvores da rua no meu quintal. 

Algum resultado deu porque achei mais limpinho do que de costume (ou quis achar). Mas, ao levar o filhote na escola de bicicleta, passei ainda por ruas cobertas pelo mar de "porrolho vermelho". "Ah, mas peraí, comparar limpeza de milhares nas praias com a de cada um em frente de casa?" Sim. Quem suja? Alguém. Se esse alguém levasse seu lixinho até a lixeira, pra casa, limpasse a calçada da frente... Mas, beleza. Isso é outra discussão. 

Fato é que, aqui, a sujeira dos fogos (e que é a sujeira das ruas no ano novo) costuma se arrastar por um tanto; e não só nos centros das cidades onde o povo acumula, como nos bairros residenciais. Nos centros eles até passam aquele caminhão elefantinho depois da farra. Mas o mar de copos plásticos e xixis de cerveja (mesmo com risco de multa e detenção e com todas as lixeiras e mictórios disponíveis) existe. E o volume é enorme. Porque destaquei o depois? Apesar de no Rio a força-tarefa também agir no depois, existe também o durante. No carnaval de 2010, centro do Rio de Janeiro, meu marido gringo aponta no meio do bloco um outro mini-bloco. Os garis! Vide o "Sorriso" na Sapucaí. Sim, durante e no meio da muvuca, já limpando, recolhendo o lixo que os Cariocas e turistas iam espalhando. As lixeiras enxiam em segundos e também as ruas e meios fios. O que chamou a atenção do meu marido não foi só a alegria, o fato que eles estavam cantando e uns até dançando, mas o fato de que estavam sistematicamente passando durante o evento. Isso não acontece aqui. Pelo menos eu nunca vi. 
Carnaval 2010, centro do Rio. "A Paulistinha". © Fefa na Holanda.


Vou ficando por aqui ainda sem muito entender (ou não querer) o porquê da comparação por trás dessas foto(?); da razão em se comparar Copacabana e Miami(?) e usar fotos que não condizem com o dia primeiro em Copacabana(?).
Quebrei uma das minhas resoluções que é "absorver menos", outra que é "não me envolver demais" (relacionadas), e ainda "falar (escrever) menos". Mas mantive a de "segurar a ansiedade" e a de "checar antes/mais" (o quanto possível). :) No mais, um feliz 2016, que ele já esteja cheio de boas energias.
Beijocas. 

Friday, March 11, 2011

O dia em que um hippie e uma flor, sem querer, mudaram uma estação

Boa tarde!

Ontem, assim que eu subi as escadas da estação do meu bairro, rumo a minha bicicleta eu vi uma cena tão "esquisitamente" linda, que cheguei a esquecer do cansaço, do resfriado e de que estava ao fim de mais um dia de trabalho.

"Mais um dia de trabalho" significa acordar “5 e qualquer coisa” da manhã com as galinhas (meu despertador é um galo cacarejante), apertar 1 vez o soneca, levantar esbaforida, acordar a Kira )sim, porque ela dorme e dorme muito!), ter uma manhã no melhor estilo Edmundo (o sujeito distraído demais da música): sair correndo, me arrumar, descer as escadas, esquecer qualquer coisa, subir para buscar tropeçando, descer de novo, dar comida pra Kira, tomar meu café, pegar a “merenda” (1 maçã, 1 banana, 1 sanduíche integral), andar com a Kiraldinha, deixar ela em casa, pegar a bolsona, tirar a bicicleta da garagem, pedalar contra o vento até a estação do bairro(ok, as vezes não tem vento), achar um buraco para a bicicleta no estacionamento, brigar com a corrente, subir as escadas da plataforma, encontrar com as mesmas pessoas (ainda volto a esse assunto num post futuro), pegar o trenzinho, descer na estação seguinte, descer as escadas subir as escadas, pegar o próximo trem, com as mesmas pessoas, descer na estação seguinte, pegar mais um trenzinho, com as mesmas pessoas, chegar no vilarejo, andar 2km até a empresa, esperar todo mundo chegar, trabalhar e às vezes me entediar por não ter o que fazer, sair correndo os 2km de volta, pegar o trenzinho, correr as escadas, pegar o trenzão, o trenzinho, descer as escadas, subir as escadas, achar a bicicleta, brigar com a corrente, pedalar até em casa, andar com a Kira, cozinhar, tomar um senhor banho, relaxar, dormir e… UFA.

Por isso, esquecer ontem do cansaço da jornada e do resfriado, foi um presentão. Graças à cena mais graciosamente feia e linda do mundo. Então, eu acho que já falei que eu adoro gente (e bicho, e planta…) e adoro observar a fauna humana por pura curiosidade, para entender, sem julgar demais, olhar de cima a baixo no estilo brasuca de ser. Bom, naquele menos de um minuto a cena chamou minha atenção e, depois de muito tempo (por falta do mesmo), me peguei observando e admirando.

Ok, ok, a cena! Não tem absolutamente nada demais e por isso me encantou. Ao subir as últimas escadas, vi no alto o hippie mais sujinho, mais feinho, mais esculhambado (eu tb sou! Sou naturalmente adepta do estilo “depEjado”), mais tronchinho do mundo, com uns 30 e muitos, cabelo comprido ensebado, despenteado, de oclinhos John Lennon-Harry Potter. Imaginaram? Bom, Ele estava encostado no corrimão com umas rosas tão toscas e mal-ajambradas quanto ele, pareciam daqueles vendedores de rosa que aparecem nos bares da vida em fim de festa. Será que a pessoa tinha resolvido vender flor ao invés de artesanato? Percebi e pensei nisso no instante que eu bati o olho. Por isso, resolvi virar para trás depois de subir as escadas e dar mais uma olhada curiosa e fuxiqueira.

Ah, que lindo! Subindo as escadas estava uma moçoila, balzaca, baixinha, gordinha, um pouco mais ajeitadinha, cara de tímida, da última a ser escolhida para dançar nas festas americanas da escola (se é que aqui tem), de óculos, cabelos não ensebados, mas totalmente boi-lambeu… Os olhos tão brilhantes e tão arregalados, com um sorriso torto e lindo, subindo em direção… Ao Hippie feinho, sujinho, tosquinho! Que, apesar de estar de costas, eu tenho certeza de que estava com o mesmo brilho o mesmo sorriso… Eles se abraçaram, abrindo espaço na multidão e assim ficaram, mas num abraço “curtido”, aproveitado. Ele se tornaram o casal mais lindo do mundo, as rosas se tornaram as mais incríveis, lindas e cheirosas de todas…

E assim, as pessoas que só correm e olham, olham, olham e nada vêem por causa do cansaço e da pressa do dia-a-dia ( COMO EU!) não chegaram a parar ou seria um tropeço só, mas deram uma olhada que desemburrou rostos trabalhadores, que valeu esboços de sorrisos, ou sorrisos inteiros.

Com certeza, alguns deles, das formiguinhas-trabalhadoras do meu trem-formigueiro, voltaram para casa um pouco menos carrancudos, um pouco melhores… E me fizeram pensar que eu tenho que lembrar de ser um pouco mais como eu era e esquecer do cansaço com mais frequência.

E, assim, sem querer, sem perceber, eles mudaram uma estação inteira. Pelo menos pra mim!

Vamos nos “desemburrar”?

Começando… Já!

Tenham um lindo fim de semana!

Friday, March 4, 2011

“Cadê eu?!”

Boa tarde!!

Post Bíblia-completa para compensar :-P

Cara-de-pau a minha sumir assim por tanto tempo e voltar do nada, dando bom dia como se eu tivesse postado alguma coisa ontem, não é?! Bem, nesses dias em que a gente encaixa 72 horas em meras 24, parece mesmo que foi ontem e não dia 27 de outubro do ano passado! Mas, “vortando”, sumi por aquilo que já tinha contado no post do dia 24/10, por todas aquelas razões: Trabalho, nova rotina... Aí o trabalho novo, daquele post, virou trabalho velho, muita coisa rolou, muita gente nova passou pela minha vida e já virou gente “velha”, muitas novidades já perderam a graça de contar...

O projeto foi muito legal, as primeiras impressões ficaram (que eu escrevi lá no outro post) mas a gente sabia que era temporário, sabia que acabaria. Acho que nunca vi um grupo tão heterogêneo se dar tão bem. Claro que nem tudo eram flores e tinha hora que eu queria arrancar os cabelos, sair correndo... Eu e um dos supervisores tinhamos uma relação “bacaninha” tipo fogo-e-água, sabem como?! Lindo! Mas 90% do projeto tinha a mesma opinião que eu sobre a pessoa, só não reagiam. Na verdade, os holandeses geralmente (com exceções, é claro) preferem fazer o trabalho deles e ir embora, sem se incomodar com o resto – para o bem e para o mal. Essa "doce relação" rendeu boas piadas e risadas nos “borrels”. Ah, os borrels...

Borrel nada mais é que “tomar umas”, na verdade é drinque mas há também o verbo, ou seja “tomar umas”, “happy hour”, “dar uma saída”... Na outra empresa também tinhamos um ou outro, mas só o grupo mais próximo. Nessa era quase toda sexta-feira e, o que começou com um bom número de pessoas, acabou com um grupo quase fixo que acabou ficando, de certa forma, amigo. E o borrel que no início era de fato um happy hour depois do trabalho, foi esticando, esticando... Do pub, íamos comer alguma coisa (ou não) e para algum pub-club até de madrugada. Trabalhei algumas sextas-feiras de 7h às 4h30 Hahaha E sabem que também foi bom, importantíssimo, para a vida pessoal? Deu equilíbrio, um espaço necessário para curtir mais as coisas de casa. Ter o "meu grupo" foi (e é) importante. Ser dependente  – financeira ou emocionalmente -do outro é um problema. Mas... Acabou! Nas vésperas da minha ida ao Brasil, 2 dias antes. Para alguns cedo demais e poucos continuam lá. De uma forma ou de outra, o grupo que tínhamos, se espalhou e aquela integração vai ser difícil de se achar em outro lugar.

Aí eu fui para o Brasil... Eu só vou uma vez por ano e, assim, tentamos sempre ficar o maior tempo possível por lá. Matar um pouco da saudade “monstrengosa” acumulada durante o ano, reabastecer as energias e o estoque de vitamina D,.... Enfim, curtir a volta à casa por um tempo sempre curto. Mas... Dessa vez a minha pimenteira secou! Cheguei sábado à noite, no domingo estava meio assim-assim e na segunda acordei embolotada. “-Isso não é nada, Fefa. É só brotoeja! A diferença de temperatura é muito grande” “- Calma, Fefa, deve ser reação alérgica”. Hum hum, hum hum... Um cochilo de meia hora depois acordo eu igual a um “chokito”. Lá vamos nós pro médico, 11 pessoas na minha frente... “A pediatra também é clínica e só têm 3 na frente, serve?!” Serviu! E ainda bem que serviu! Gente, as bolotas eram catapora! Quase 3.2 na cara e só agora fui pegar a “mardita”. Cacete. Não recomendo! Não dormia com coceira, tudo ardia, doía... Entrei no antibiótico e meu verão ficou incubado junto comigo, no ar-condicionado e sombra, chapéu de palha, óculos escuros e filtro solar entre 70 e 100. Mereço?! Me revoltei, fiquei rabugenta. Diabo de olho-grande pra cima de mim! Nas minhas férias?! Mas, imaginem se eu tivesse embolotado 1 diazinho antes? A TAP não me deixaria embarcar! Se eu tivesse catapora nas bandas de cá, não teria o atendimento que tive, não teria minha enfermeira exclusiva (mãe!), colo, dengo... Abençoado seja o olho-gordo, o seca-pimenteira que me rogou a praga hehehehe! Curti o fim-de-tarde, o chamego, os amigos... Renovei, me energizei e descansei porque quando eu voltei...

Durante o trabalho na empresa nova-velha me ligaram de uma outra empresa, que eu já nem esperava mais, perguntando se eu tinha interesse e lá fui eu, no dia seguinte, super relaxada para depois da bota abandonada do Judas. Gostei do lugar, gostei da idéia, a entrevista foi boa e... Saí contratada! Foi tão rápido que eu fiquei anestesiada. Demorou a cair a ficha. Só caiu na hora que eu voltei para o trabalho e contei como tinha sido..."Já?! Que rápido!" É... Foi! Eu agora trabalho conectada, de certa forma, ao Brasil. O bom é que tenho uma estabilidade maior. O ruim é que é longe para cacete, é láááááá onde a Amaline trabalha (pra quem segue o blog Lininha meias palavras). Pois é, se já não bastasse ela ter morado na minha cidade no Brasil, morar na minha cidade na Holanda, nós agora trabalhamos no memso vilarejo. Com a diferença de que eu ando 2km para chegar no trabalho (não, não tem ônibus) e ela atravessa a rua. Somos “culega” de trem na volta.

O tempo, que já era pouco, sumiu. Aqui na empresa são todos hiper-focados... São mais fechados que os antigos colegas (diferença regional pesa na Holanda! Eu vivo mais para o sul e trabalho mais para o norte) e é um mundo totalmente novo pra mim, estou tendo que aprender tudo e mais um pouco do mercado, dos produtos e, para desgraça da minha irmã, virei "engenheira"! hahahahaha Pelo menos no meu cartão de visitas eu sou uma de vendas. Juro que quando eu vi eu pensei nela tendo a mesma sensação que eu tenho quando vejo um “cake designer”, “hair designer” ou “designer de sobrancelhas”. Mas, C ‘Est la vie! Já rimos muito disso.

Essas são as novidades, gente! Amanhã é carnaval, hoje chegam 4 brasileiros para ficar uns dias lá em casa e pular carnaval com a gente (sim, porque no sul da Holanda tem. É de rua e eu adoro!). Mas, isso fica para o próximo post que, eu espero , não vai demorar mais tanto quanto este.

E vocês? Quais as novidades? Planos para o carnaval?!

Beijocas

Wednesday, October 27, 2010

Tati, parabéns!!!!!


 Hoje é aniversário da Tati do perguntas em resposta!  Fiquei feliz da vida em participar dessa blogagem coletiva (valeu, She! ) em homenagem a ela, que é um amor de pessoa, que escreve de uma forma que envolve, encanta... A Tati vale a pena ser lida. Eu "conheci" a Tati não faz muito tempo por indicação da Sandra Ronca, quando a Sandra postou a campanha sobre medula, que a Tati também tinha ajudado a divulgar. Que bom! Desde então devorei posts e posts, linhas e linhas... Me emocionei com a Tati, ri, tomei as dores, me identifiquei, torci... 

Gostaria de estar com tempo para visitá-la mais vezes. É um dos blogs que me faz falta ler nessa nova rotina, que me deixa com saudades. 

Quando comemorávamos o aniversário de alguém na minha antiga escola (e que escola!) cantávamos "Feliz Aniversário" de Villa-Lobos e Manuel Bandeira, ao invés do "parabéns a você" tradicional, então, brindando à Tati...

Saudamos o grande dia
que tu hoje comemoras
Seja a casa onde moras
a morada da alegria
o refúgio da ventura.
Feliz aniversário!


E uma das animações de aniversário mais lindas que já recebi:



Tati, parabéns!!! Tudo de melhor nesse mundo! Que seu dia seja incrível! Que você continue essa pessoa tão você.

Beijocas

p.s: A idéia dessa blogagem coletiva partiu da She do cantinho da She, que eu conheci através do blog da Tati e que também vale ser lida e relida!

p.s2: E eu quase estrago a surpresa :-( Espero de coracao que a tati nao tenha bisbilhotado antes da hora. Programei o post ha dias atras e ele entrou meia noite daqui (20h do brasil) :-( Se nao fosse um email da She meia noite do Brasil (4h aqui...). Estou aqui do cel, correndo para editar isso. Beijocasssssss

Sunday, October 24, 2010

Tudo mudou na 2a passada - 1a semana

Primeira semana desde que tudo mudou na 2a passada...


... E eu comecei a trabalhar no novo projeto. Os primeiros dois dias foram tensos: conhecer a empresa, os colegas, me familiarizar com o sistema, vocabulário, tentar soltar a língua, descobrir que meu holandês não é mais o que era depois de um tempo sem praticar diariamente na intensidade necessária, me descabelar, me acalmar, me desconectar da empresa anterior e encarar essa como essa. Esquecer do que já foi... 

O projeto conta desde o início de outubro com quase 30 funcionários da agência que eu trabalho, na segunda  começaram mais 6 (eu no meio) na próxima mais 11... E até o fim do mês seremos uns 60. Até o meio de janeiro. Infelizmente não há mais chance de efetivação e no meu departamento, 2 já trabalham alocados lá há 3 anos (entre indas e vindas: a empresa chama quando há necessidade). Isso é cada vez mais comum por aqui e tem muitas disvantagens, mas também tem lá suas vantagens. A empresa também terceirizou uma outra para fazer a logística da coisa e gerenciar as equipes seguindo a política interna (maravilhosa) deles. Ou seja, no meu departamento, só os 2 instrutores são funcionários da "casa". Meu chefe não entende patavinas do sistema, mas entende tudo sobre gerenciar pessoas. E é ótimo. 

O "chefe" é tranqüilo, casado com uma estrangeira que está aqui na Tamancolândia o mesmo tempo que eu, mas fala um holandes melhor que o meu porque eles conseguiram fugir do ingles confortavel em casa. Isso não é fácil. O bom é que ele me deixou segura por eu saber que ele entende os "perrengues". Há uma preocupação maior com a qualidade do que com a quantidade. Mas é claro que a produção tem que ser boa para dar conta dos picos que vêm pela frente. Há uma preocupação com o funcionário: se fizemos as pausas, se almoçamos, se estamos bem, confortáveis, se bebemos água, se estamos interagindo... Eu recebi uma lista de excel com quase 2 centenas de linhas (e muitas colunas) em corpo 7 ou 8 (isso mesmo, fonte 7 ou 8) e o chefe se indignou porque não era "ergonômica". Pegou, aumentou, reclamou de quem enviou... Isso é sempre um bom sinal. Temos total acesso a ele, temos uma avaliação semanal quando os erros que tivemos são apresentados (tipo e quantidade), e o porquê dos erros são conversados... E também sobre o ambiente, o departamento... O chefe do chefe (também da tal empresa terceirizada) é um amor! Todo mundo concordou que ele parece um urão e todo mundo quer trabalhar com ele. Não porque ele é o chefe, mas porque é extremamente "abraçável", se isso fosse permitido nas empresas haahahahah

A estrutura é gigantesca. São 3 prédios enormes conectados e eu levo uns 5 minutos andando da entrada de funcionários até a minha mesa. No caminho muitas fotos, pinturas... Uma série linda de atletas paraolímipicos (1 foto é uma nadadora cega com seu cão guia nadando juntos e os dois de óculos...)... impressões enormes cobrindo as paredes. O restaurante com um pé direito altíssimo, todo colorido, com cadeirinhas de várias cores, cadeira imitando cinema, cadeirinhas e mesas no estilo trem com direito a bagageiro, restaurante subsidiado com comida fresca excelente e saudável (raro por aqui onde as cantinas geralmente tem frituras). Sopinhas entre 35 e 50 centavos, saladas, sanduiches ótimos... Maquininha do lado da porta de entrada com sandubas naturais, iogurte, cereal... Mas claro, refris e chocolates porque nem todo mundo é de ferro. Perdi 800 gramas na 1a semana! Oba! Em cada andar há uma área de descanso para as pausas, com aquelas máquinas ótimas de café-chocolate-chá-água-sopa grátis. Crachás abre-portas como uma estrutura dessas pede... 

"Nossa! Também quero! Que sonho! Perfeito!" Não, não é. Mas é bem legal. É um senhor esforço pensar, falar, escrever nesse código secreto que é o holandês. Como toda empresa tem funcionários cricris, mau-humorados, fedorentos, grossos, invejosos, antissocias... Talvez algum colega tenha um blog e tenha escrito um post sobre o trabalho e esse post seja bem negativo, com foco nos problemas... Na falta de estabilidade, no esquema relógio, em ter que tentar não ter erros, no horário, nos elevadores cheios, no não poder ficar "bundeando" pela internet, em não ter como tirar dia de folga até o fim do projeto... Mas, eu decidi focar na parte boa e tirar o melhor desses poucos meses por lá. 

Eu posso começar a trabalhar entre 7h e 9h e posso, então, sair entre 15h30 e 17h30. Horas extras acontecerão, sem drama, mas virão. E as tempestades de neve também. Eu já estou saindo de casa no escuro, mas ainda volto com dia claro e isso faz toda a diferença. Já bebemos uma garrafa de guaraná antarctica juntos, já fofocamos sobre o Brasil, já respondi a muitas perguntas, curiosidades... 2 colegas já viajaram pelo país e foi bem legal ouvir sobre as experiências. Descobriram como falar meu sobrenome (um deles) porque "é um time de futebol em Portugal". Já marcamos um happy hour para a próxima semana porque 1 deles vai sair do projeto (arranjou um emprego sem agência) e fui eu quem dei a idéia. Já tentaram falr em inglês comigo e adoraram quando eu pedi para ficarmos no holandês porque eu tenho que recuperar o que eu perdi e melhorar muito. Já falamos espanhol, francês... 

Vi os comentários todos pelo meu "santandróide" e foi muito bom ler vocês. Pode ser que quando a nova rotina virar rotina ou rotina velha eu apareça mais. Vou dar um jeito também de ler os blogs amigos, prometo!  E assim vamos indo! A semana voou, eu cheguei um caco em casa todo dia, mas um caco com disposição. Curti mais a filhtoa, brincamos mais no parque. Curti mais a casa. Só não estou curtindo abrir o laptop quando eu chego em casa. Por isso, gente, os posts vão ficar mais para o FDS ocioso como esse. Nada pessoal, não é descaso, mas é um momento perfeito para se curtir "lá fora", não só o ar livre (que por aqui já está molhado e congelado), mas o ar real mesmo ;-) 

Mais uma vez, obrigada pelos comentários com desejos de boa sorte, cheio de incentivos, e boas energias. Valeu!  

Beijocas

Friday, October 15, 2010

Tudo mudando na 2a que vem

Ilustração: "The itch to create" 1"craft blog by an indian girl who's mad about creating"

Boa noite! Postão!


Vocês se lembram o que eu escrevi no post  - "12 de outubro" -  de terça-feira passada?

Talvez a partir da semana que vem minha vida vire de cabeça para baixo nos próximos três meses e aí vou ter que ver como vou fazer para vê-los com mais freqüência, mas isso é papo para amanhã. E amanhã à tarde."

Amanhã à tarde foi quarta-feira passada às14h e... Aconteceu. Segunda-feira eu volto a trabalhar fulltime , a príncipio é um contrato temporário, é um projeto temporário, mas nunca se sabe. A empresa é bem legal, tem uma política bacana para os funcionários... E fora as vantagens óbvias de um emprego, eu ainda vou poder voltar a praticar meu holandês que só fez piorar desde que eu saí da outra empresa. 

Dessa vez eu me prometi que eu vou pegar leve, ficar mais tranqüila, mais na minha e com certeza pensar e avaliar bem antes de aceitar desafios que a primeira vista pareçam sensacionais, mas que depois possam se tornar grandes dores de cabeça. E foi o que aconteceu na outra empresa quando eu topei virar "groepshoofd" (cabeça de grupo, supervisora... sei lá como traduzir isso) de uma penca de holandeses mal tendo saído do curso de holandês. Pontos positivos? Muitos! Fora que eu fiquei toda boba por ter alcançado isso depois de 1 semana e meia trabalhando na empresa, sendo a única gringa e falando um holandês meia-bomba, ainda mais que era uma empresa pública holandesa. 

Mas, o nível de estresse causado pela gerência era acima do máximo aceitável (nunca vi um estilo mais incompetente e ridículo de gerenciamento e que não é o padrão da empresa, mas era do tal projeto). A tensão entre os funcionários era gigantesca- todos terceirizados através de agências (um tipo de serviço que não há no Brasil e como eu por enquanto trabalho na Holanda). A falta de confiança era geral. Meu estresse era tanto que eu pifei! Claro, estresse combinado com as dificuldades normais de uma imigrante "recém-chegada", ainda em fase de adaptação, a saudade que já nos deixa à flor-da-pele pifa qualquer um. Decidi parar, me cuidar, me reequilibrar e depois voltar. Voltei! Cheia de gás! 

Minha agente entrou em contato comigo com essa proposta justamente porque a empresa é a empresa que é e isso me tranquilizou. Eu sei, conhecendo como eu me conheço, que eu não consigo não falar com todo mundo e acabar me metendo em tudo e mais um pouco. Não por ser metida, mas por ser... Sei lá: Geminiana, atrapalhada, extrovertida... E com síndrome de camelo crônica. Isso eu aprendi: como carregar menos gente nas costas. Mas ainda carrego. 

Então, a partir de segunda volto a trabalhar 8h por dia 5 vezes na semana, de vez em quando umas horas extras, numa empresa bacana, falando holandês,... Tudibão! Sendo assim, começamos (eu e o E.) a nos "paparicar" desde já. Na volta da reunião na agência, quando assinei o contrato, já corri para uma loja aqui em frente para comprar... Panelas! hahahahaha Ah, gente, as minhas eram horrendas! Da fase solteira do E., que não tem seu forte na cozinha. Desde que começaram a ser usadas de verdade (ou, desde que passamos a morar juntos) elas começaram a demonstrar que eram panelas-quebra-galhos, panelas-baratinhas-pra-solteiro-que-não-cozinha. Então, me dei 4 panelinhas lindas de presente! Estavam na promoção é claro. hahahah 

Aí, ontem foi o dia de me paparicar de verdade! As lojas fecham cedo na Holanda - 17h, 18h - só uma vez por semana acontece a "noite de compras", onde vão até às 21h. Aproveitando que em Tilburg é quinta, lá fui eu pro centro. Foi tão legal... O E. me encontrou por lá e fomos para uma loja atrás de roupitchas mais sociais que caibam na minha atual silhueta balônica(ficar em casa sem poder malhar, tendo que relaxar, tendo chocolates maravilhosos à mão só podem resultar numa coisa, não?! 20 quilitos a mais desde que vim morar na Holanda) e na Holanda é relativamente fácil achar roupas plus-size e com bons cortes e modelos, coisa que no Brasil se você veste acima de 44 não encontra (aliás, se você veste 44 já está difícil). A LineAma foi nos assessorar, nos encontrou quando eu estava dentro do provador, o "P.daline" também chegou (carregando 4kg de picanha numa sacola!) para a festa na loja, porque a essa altura Line já tinha tomado o provador ao lado de assalto e acabou levando roupitchas pra casa também. 

Gente, gente, gente, gente... Ai, ai. Eu não sou roupeira. Não gosto de bater perna, entrar e sair de loja, experimentar e não levar... Sério! Nisso eu não sou nada menininha. Gosto de ir em lojas que eu sei que eu gosto, que eu vou achar coisas legais e quando eu preciso ou quero alguma coisa específica. Ainda assim... Ai, saí carregada! Sabe quando todas as calças são "as calças mais confortáveis que eu já tive"? Pois é. Por uns minutos eu curti o caos. Claro que não me convide para liquidações de Zara e coisas do tipo que eu NÃO VOU. Aqui é uma guerra. Zara é considerada uma loja de marca que é "barata" e de qualidade, então, quando entra liqüidação parece que abrem a porteira. É uma confusão de gente, roupas pelo chão, mafuá... Não dá. Mas, ontem fiquei feliz com minhas roupitchas, com o fim de tarde com a coisaline

Terminamos a noite num restaurante grego pequenininho sensacional!!!! Comemoramos meu emprego novo, o sucesso da Amaline na auditoria (pode contar, Line?!)... Tomamos ouzo... Comida boa com tempero, deliciosa, com gosto de casa, tranqüilo, com a filha servindo, a mãe nos bastidores... Típico restaurante familiar grego. A senhora veio até a nossa mesa, adorou saber que a gente era brasileira (BRASILIANA! Em alto e bom som e gesto. Ok brasileira em grego segundo o google translator é vraziliániki̱), fez piadinha sobre a mulher holandesa com o cuidado da mesa com holandeses não ouvir hahahaha Uma boa forma de comemorar e ver que o dia pode durar boas horas pós-trabalho se assim quisermos e de uma maneira agradável!

Agora é terminar de ajeitar as coisas e me preparar para voltar a uma rotina totalmente diferente! Vou dar um jeito de continuar por aqui!

Beijocas

Tuesday, October 12, 2010

12 de outubro!

Jip en Janneke. Annie M.G Schmidt (Sylvia Orthoff holandesa)e Fiep Westendorp

Bom dia, criançadinha! Parabéns!

Dia das crianças para mim é dia dos filhos. Desde pequena pensava: "Pô, mãe tem dia, pai tem dia, professor tem dia,... E filho?" Depois ainda descobri que avós têm dia também! E o dia dos pais aqui na Holanda é sempre em julho (ou será junho?). Ou seja, 2 dia dos pais. Então, 12 de outubro - com a licença de Nossa Senhora Aparecida - é dia dos filhos e filhotes.

Eu já apertei e amassei minha 4 patas e ela ainda ganhou uma galinha nova! Uma versão "Heinz-Fritz" do Elvis KIPresley. Hein?! Do que eu estou falando? Do Elvis da Kira. Ele até durou muito! E o coitado cantou tanto que no fim já estava mudo - cá entre nós, ainda bem! Mas, a galinha nova canta que é uma beleza. Fico devendo a foto, mas é exatamente o Elvis vestido para a oktoberfest hahaha Claro que ela teve que dormir com o amigo novo, claro que ela rolou por cima de novo e claro que a gente pulou no meio da madrugada, ela ganhou ontem a noite, com um cacarejar nas alturas. Faz parte.

Essas datas fazem a saudade do colo de "pai-mãe-irmã-avó-cachorro-jabuti-niterói" aumentar. Sempre. Aqui é só mais um dia comum. Uma terça-feira friorenta com cara de dia frio de outono.

Mas, gente, eu sumi! Eu sei! De novo! Para postar post por postar, meia-bomba, prefiro não postar nada. E também, desde que descobri que a blogsfera tem muito mais de rede social do que eu imaginava (com ônus e bônus), não queria correr aqui para postar e ler na pressa os blogs amigos, não deixar comentários ou não ler. A verdade é que descobri que manter um blog ativo requer muito mais do que eu imaginava antes. Não só tempo para postar, alguma coisa sobre a qual escrever, mas também requer que o blogueiro seja um senhor político! Não, não estou criticando ou reclamando hahaha, mas me surpreendi! E assim, tempo que eu pensei que fosse suficiente para cuidar do meu bloguinho como eu quero se mostrou muito, mas muito pouco. Por isso, por exigências da vida real, sumi.

O que aconteceu nesse mês? Vamos ver: andei pegando uns freelas que são sempre bem vindos, mas que me tiraram o couro. Deixei de fazer qualquer outra coisa que não fosse enfiar a cara na "suite adobe". Acordar photoshop e dormir illustrator. Mas, foi bom para me desenferrujar. Tivemos as eleições. Votaram direitinho? Conscientes? Que bom! NÃO, não quero saber em quem vocês votaram, nem preciso saber o que vocês acham de um ou de outro. Sério. Estou cansada de ler e-mails absurdos de um lado e do outro. De ouvir blablabla de um lado e do outro sobre como o eleitor de um ou de outro é bitolado e não vê o "óbvio", óbvio que muda de figura de acordo com o lado. Óbvio. Não votei nem nele, nem nela e talvez não tenha nem votado na outra. Vocês vão ficar na curiosidade. Voto é secreto! O seu também.

Eu transferi meu título esse ano para cá e isso significa que só preciso votar para presidente e nada além de presidente e isso já é uma responsabilidade daquelas. Não preciso mais correr para o TRE para justificar quando chegar ao Brasil. Fui voluntária nas eleições! É, eu sei! Mas eu fui voluntária. Nunca tinha sido mesária. Fui primeira secretária. Adorei a maratona em Roterdã, onde fica a única zona eleitoral dos Países Baixos, no prédio do consulado geral. A estrutura foi incrível. Dos 10 mil e tantos legais por aqui, temos 2003 eleitores inscritos. Desses, poucos menos de 1100 votaram,.o que é uma ótima média. Foram 5 seções, a minha foi maravilhosa! Chegamos às 7h da manhã de domingo, saímos às 18h. O primeiro trem só chegava às 9h... Confusão, correria para arranjar solução. Como chegar no prédio do consulado cedinho? Deu certo!

Depois corremos para comer uma comidinha caseira deliciosa no Tia Piri Piri, um restaurantezinho caboverdiano com toques luso-brasileiros e com direito a feijoada e roda de chorinho no dia. Recomendadíssimo! Bem bonitinho, bem arrumadinho, comida de primeira, a dona é um doce e tem vários planos para o lugar... Enfim, tudo para dar certo! Eu já tinha gostado do lugar só pelo site. Coisa de "dizainêr" que soy. Ah, Piri-Piri é pimenta malagueta, não tem nada a ver com "Piriri". O que seria péssimo para um restaurante, não?! O frango com molho piri-piri é divino! Bom, mas dia 31 tem mais! Tem mais eleição, tem mais maratona, tem mais chorinho e frango com feijoada. E, apesar de ter ficado um caco no dia seguinte, não vejo a hora de estar com todo mundo de novo.

Ontem fui comprar o rolo de plástico bolha para protejer minhas pimentas e meu maracujá do invernão que está chegando com vontade. Já anunciaram que terá 50% a mais de neve que o anterior, apesar das temperaturas não serem tão baixas como foi ano passado. Então, só posso torcer que as minhas plantas tropicais sobrevivam e gostem da cobertura de bolhas. E que neve muito e a neve fique. Para as plantas é melhor. A neve cria uma camada isolante que mantém a temperatura do solo. Há! Vivendo e aprendendo.

Que mais? No fim de semana fiz minha primeira carne assada de panela (aquela com batatas, molho grossinho... hmmmm) e deu certo! Não, não tem mistério. Mas também não tem lagarto ou um corte para carne assada como temos no Brasil por aqui. Usei, seguindo conselhos, um senhor pedaço de rosbife e deu certo! Fim de semana com comidinha que me levou de volta para a cozinha lááá de itaipu nos fins-de-semana. Arroz, feijão, carne assada, farofinha... Os cheiros enchendo a casa! Total "comfort food". Apesar de não ser purê com carne moída ou bife hahahahaha

 Talvez a partir da semana que vem minha vida vire de cabeça para baixo nos próximos três meses e aí vou ter que ver como vou fazer para vê-los com mais freqüência, mas isso é papo para amanhã. E amanhã à tarde.

E vocês? O que andaram fazendo de bom nessas semanas?

Beijocas e curtam muito o nosso dia e também da "cria", para quem tem filhos ou filhotes!